É devido a esta ausência de sintomas que desde
cedo (20anos de idade) se devem rastrear os níveis de colesterol, pelo menos a
cada 5 anos. Para pessoas com maior risco ou com mais de 65 anos a
periodicidade destes exames deve ser discutida com o médico de família.
Os
dois tipos de colesterol e as suas diferenças
Lipoproteína
de baixa densidade (LDL) levam o colesterol a
todas as células do corpo, incluindo as artérias que fornecem o sangue ao
coração. O colesterol LDL é muitas vezes comummente designado por “colesterol
mau”, pois pode acumular-se nas paredes das artérias. Quanto maior for o nível
de colesterol LDL n sangue, maior a probabilidade de se contrair doenças
cardíacas.
Lipoproteínas
de alta densidade (HDL) retiram o colesterol das
células do corpo. O colesterol HDL é muitas vezes comummente designado por
“colesterol bom”, pois ajuda a remover o colesterol das paredes das artérias,
do fígado e consequentemente do corpo. Quanto maior for o nível de HDL no
sangue, menos será a probabilidade de desenvolver doenças cardíacas.
Normalmente as preocupações centram-se nos níveis altos de colesterol LDL.
Os
perigos do colesterol LDL
O colesterol pode-se acumular nas paredes das
artérias, vasos sanguíneos que transportam o sangue do coração para todo o
corpo. Esta acumulação de colesterol cria placas de gordura, podendo apresentar
vários problemas para a saúde:
·
Arteriosclerose. Provoca
um endurecimento das artérias, placas de gordura acumulada vão estreitando as
artérias, isto vai retardar ou mesmo bloquear o fluxo de sangue para o coração.
·
Doença arterial coronária.
Enquanto que a arteriosclerose pode ocorrer em qualquer parte do corpo,
incluindo os vasos que irrigam o coração, as artérias coronárias. Quando se
desenvolvem placas nestas artérias o coração pode deixar de ter oxigenação no
musculo cardíaco.
·
Angina. O acumular de placas de
gordura pode levar a dores no peito,
designada por angina, um sintoma comum de doença coronária. Isto acontece
quando o coração não recebe sangue rico em oxigénio vindo dos pulmões.
·
Ataque cardíaco.
Algumas placas de gordura tem uma cobertura fina, estas podem romper-se ou até
comprometer totalmente a artéria. Estão assim criadas as condições para a
formação de um coagulo de sangue, este pode bloquear o fluxo de sangue a causar
um ataque cardíaco.
Fatores
que não pode controlar: níveis elevados de
colesterol no sangue podem ter uma origem hereditária. Uma condição genética
hereditária (hipercolesterolmia familiar) resulta de níveis de colesterol muito
elevados de LDL. Esta doença inicia-se no nascimento, podendo causa ataques
cardíacos em idades muito precoces. Outros fatores que não são controláveis
estão relacionados com a idade e o sexo. Começando com a puberdade, onde os
homens têm níveis mais baixos de HDL do que as mulheres. Com o envelhecimento
quer as mulheres quer os homens tende a ter valores de LDL mais elevados, as
mulheres mais jovens têm níveis de colesterol LDL mais baixo que os homens, mas
após os 55 anos, as mulheres têm níveis superiores aos homens.
Reduzir
o colesterol
Reduzir o nível de colesterol irá diminuir as
hipóteses de aparecimento de coágulos sanguíneos ou de um ataque cardíaco. Esta
redução pode levar mesmo a paragem de formação de placas de gordura nas
artérias. Certos alimentos são ricos em gordura o que pode aumentar os níveis
de colesterol:
O que
evitar:
·
Gorduras saturadas aumentam
o nível das LDL mais do que qualquer elemento na sua dieta. Escolha alimentos
magros, lacticínios sem gordura e monoinsaturados, e use gorduras como o
azeite.
·
Ácidos gordos trans (gorduras
trans) são criados quando óleos vegetais são hidrogenados alterando a sua
composição. As gorduras trans estão presentes em alimentos fritos e em alimentos
processados, como biscoitos, bolachas e snacks. É muito importante ler os
rótulos e a lista de ingredientes de cada alimento, evitando sempre que
possível os alimentos contendo óleos parcialmente hidrogenados.
·
Colesterol é
encontrado em alimentos de origem animal, como gema de ovo, carne e leite.
O que
fazer:
·
Comer alimentos ricos em ómega-3. Este tipo de ácidos não afeta o colesterol LDL. Têm vários
benefícios, como ajudar no aumentos do colesterol “bom” (HDL), reduzindo os
triglicerídeos , reduzindo a pressão arterial. Alguns tipos de peixe, como o
salmão, cavala, arenque, são ricos em ómega-3. Boas fontes de ácidos gordos
ómega-3 incluem nozes, amêndoas e sementes de linhaça.
·
Aumentar a fibra solúvel. Existem
dois tipos de fibra: solúveis e não solúveis. Ambas têm benefícios para a saúde
cardíaca, mas a fibras solúveis ajudam também a reduzir os níveis de LDL.
Pode-se adicionar fibras solúveis à dieta comendo aveia, frutas, feijão,
lentilhas e legumes.
·
Aumentar o consumo de proteína de soro de leite. As proteínas “whey” (proteína de soro de leite) presentes
nos produtos lácteos juntamente com a caseína. Este tipo de proteína (whey)
pode ser responsável por vários benefícios para a saúde atribuídos ao leite,
quando ingerida como um suplemento reduz o colesterol LDL e total.
·
Outros benefícios para o seu corpo: perda de peso – excesso de peso tende a aumentar o nível das
LDL, e diminuir o nível das HDL, consequentemente aumentando o valor do
colesterol total. A atividade física tem um papel extremamente importante,
ajuda na redução de peso e consequentemente na redução das LDL e aumento dos
níveis de HDL.
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Referências
AgingCare.com. “High Cholesterol in the
Elderly”. Web. 2016. WebMD. “Are High Cholesterol Levels Bad for Older People?
Web. 2016.
NIH
Senior Health. “What is High Blood Cholesterol?” Web. 2016.
Centers
for Disease Control (CDC). “Cholesterol Facts”. Web. 2015